Um delegado da Polícia Federal deve assumir a presidência do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O ministro da Educação, Abraham Weintraub, escolheu Elmer Coelho Vicenzi para presidir o órgão, responsável por estatísticas e avaliações da educação e exames como o Enem.
Educação profissional é tema de seminário internacional na UFSM
A Folha de S.Paulo apurou que a nomeação deve sair nos próximos dias. Vicenzi é delegado da PF e foi diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
Graduado em Direito, é especialista em direito penal e tem MBA em Planejamento, Orçamento e Gestão Pública pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Também foi professor da Academia Nacional de Polícia.
O Inep está sem presidente desde o dia 26 de março, quando o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez exonerou Marcus Vinicius Rodrigues. Vélez o responsabilizou pela suspensão da prova de alfabetização deste ano, medida tornada sem efeito após má repercussão.
Pautas e valores de diárias gastos pelos vereadores na última viagem a Porto Alegre
Quem tem respondido pelo órgão desde então é o chefe de gabinete, o general Francisco Mamede de Brito Filho.
A realização do Enem é o maior desafio do Inep neste momento. A gráfica que imprimia a prova desde 2009 anunciou falência no final de março e até agora o instituto não tem um novo plano definido.
A RR Donnelley imprime as provas do Enem desde 2009 por meio de apenas dois processos licitatórios: em 2010 e 2016. Este último é investigado no TCU (Tribunal de Contas da União) por suposto direcionamento a essa empresa.
As inscrições para o Enem ocorrem entre 6 e 17 de maio e as provas, em 3 e 10 de novembro. No ano passado, o Enem recebeu 5,5 milhões de inscrições. O resultado serve como porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país.
Abertas as inscrições para concorrer ao cargo de conselheiro tutelar em Santa Maria
Ainda falta a definição sobre a realização do Saeb, avaliação federal que compõe o Ideb (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Ao voltar atrás da suspensão da avaliação de alfabetização, o governo também tornou sem efeito todas as regras do Saeb deste ano.
A contratação de gráfica para a impressão do instrumento também passa por questionamentos do TCU.